Fabiana Oliveira
O Museu Afro-Brasileiro do Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia (Ufba), localizado na Faculdade de Medicina, Terreiro de Jesus, é uma das opções de lazer voltadas para a cultura, no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador.
![]() |
Faculdade de Medicina/ Terreiro de Jesus, Pelourinho/ Foto Fabiana Oliveira |
Parte da sua coleção, de origem no continente africano, foi formada a partir da aquisição de objetos no território africano, através de missões oficiais de pesquisadores do Centro, ou ainda por doação do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por países africanos ou instituições internacionais.
O acervo da cultura afro-brasileira é fruto de doação da comunidade, compreendida pelo povo-de-santo, grupos de capoeira, afoxés e blocos afros, além da compra de objetos produzidos por artesãos locais.
As visitas podem ser feitas de segunda a sexta, das 9h às 17h, e o ingresso custa R$ 6,00 inteira, e a meia R$ 3,00 para jovens entre 6 e 10 anos, estudantes com identificação estudantil, e pessoas acima de 60 anos, e o pagamento é feito em dinheiro, no momento da visita. O acesso gratuito ao museu pode ser feito por professores da Rede Pública e Comunidade da Ufba.
O museu apresenta uma exposição fotográfica de dezessete pais e mães de santo brasileiras, com um grande acervo biográfico, fotográfico e de objetos que representam os principais orixás da religião africana. Entre os orixás em exposição podem ser encontrados Mawu-lissa, Oxalá, Ibeji, Oxum, Oiá/Iansã, Iemanjá, Xangô, Oxumaré, Oxossi, Logunedé, Ogum, Exu.
Peças em exposição no Museu Afro-Brasileiro |
Na visita ao museu é possível conhecer aspectos importantes da influência dos povos africanos na construção da cultura, religiosidade, e costumes da sociedade brasileira, e acompanhar detalhes da obra de Caribé, artista que registrou de maneira extensiva e expressiva os ritos do candomblé, autor de 27 painéis representando os orixás do candomblé da Bahia.
Desde o início da colonização portuguesa, até 1851, chegaram ao Brasil cerca de 4.507.940 africanos para o trabalho escravo. Além da sua força de trabalho, esses povos traziam a semente das antigas civilizações africanas. Foram os da Guiné, os Fanti e Ashanti, os Fons, Ewés, Yorubás, Congo, Angola, e Moçambique.
Caribé - Artista múltiplo realizou trabalhos em várias técnicas das artes plásticas. Na Bahia encontrou inspiração para fazer sua arte, integrando-se completamente a cultura afro-brasileira.
Em 1938 realizou sua primeira viagem a Bahia e, a partir de 1950, retornou com a missão de desenhar a cidade, contratado pelo então governador Otávio Mangabeira, aqui se fixando definitivamente e tendo se naturalizado brasileiro e baiano alguns anos depois.
Hector Julio Paride Bernabó-nasceu na Argentina em 09 de fevereiro de 1911, filho de pai italiano e mãe brasileira. Começou a pintar aos 10 anos de idade, influenciado por um ambiente familiar artístico. Na Argentina trabalhou em diversos jornais como ilustrador.
Confira mais fotos do Museu AFRO-BRASILEIRO na nossa galeria do Flikr: http://www.flickr.com/photos/98487103@N04/
0 comentários:
Postar um comentário